Vamos analisar a partir de agora quem é
Apoliom e Abadom.
(1) Podemos
observar que na dramática narrativa dos acontecimentos do final dos tempos, o
texto de Apocalipse nos mostra que o quinto anjo de Deus toca sua trombeta,
disparando mais uma série de acontecimentos terríveis: “O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela caída do céu na terra.
E foi-lhe dada a chave do poço do abismo” (Apocalipse 9:1). Uma grande
série de figuras são usadas para mostrar quão terríveis são os acontecimentos.
A figura de gafanhotos é usada para mostrar a destruição, e a dor é tão grande
que é comparada a picadas de escorpiões: “Também da fumaça saíram gafanhotos para a terra; e foi-lhes dado poder
como o que têm os escorpiões da terra” (Apocalipse 9:3). Não iremos
estudar aqui em detalhes essas figuras, pois queremos ir para a compreensão
sobre Apoliom e Abadom.
(2) O
texto, então, revela que esses gafanhotos tinham um rei sobre eles. Ou seja,
alguém que os direcionava a fazer o que faziam, um cabeça: “e tinham sobre eles, como seu rei, o anjo do
abismo, cujo nome em hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom” (Apocalipse 9:11).
Esse rei é citado como o anjo do abismo e é identificado com dois nomes,
um em grego e outro em hebraico:
(i) Abadom. No
hebraico é “Abaddon”, significa “lugar de destruição”. Essa palavra aparece por
pelo menos seis vezes no Antigo Testamento, sempre ligada ao lugar dos mortos.
Os textos em que aparece são Jó 26:6; Jó 28:22; Jó 31:12; Salmos 88:11;
Provérbios 15:11; Provérbios 27:20. Vejamos este último: “O inferno e o abismo (Abaddon) nunca se
fartam, e os olhos do homem nunca se satisfazem” (Provérbios 27:20).
Em Apocalipse a palavra é usada como um tipo
de nome do anjo do abismo. Esse nome explica muito do que é esse Anjo Maligno.
Ele é um destruidor e cabeça dessa destruição que vem sobre a terra, porém, é
preciso que fique claro que isso somente se dá debaixo da permissão de Deus. Há
um plano do Senhor na liberdade que ele dá para esse destruidor. Alguns
entendem que aqui a referência é ao próprio Satanás. Outros, que se trata de um
poderoso demônio.
(ii) Apoliom. No
grego é “Apolluon”. Tem o mesmo sentido do primeiro nome, mas significa aqui “O
destruidor”. Como podemos observar, a ideia do texto é exatamente mostrar a
face destrutiva desse ser em suas ações.
(3) O
leitor superficial da Bíblia, que lê apenas partes isoladas, certamente ficará
com certo receio (medo) pela forma como os planos de destruição do maligno
parecem ter certo êxito aqui. O Abadom (Apoliom) parece conseguir realizar seus
planos. Porém, observamos que tudo não passa do plano de Deus sendo realizado,
pois nem o diabo pode escapar deles! A destruição de Apoliom, sua completa
derrota, também é narrada: “Houve
peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também
pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou
no céu o lugar deles” (Apocalipse 12:7-8). O destruidor não tem poder de
destruir a Deus! Glórias ao Senhor nosso Deus!
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