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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

APERFEIÇOADOS PELAS AFLIÇÕES

Equipe Águas Vivas : www.aguasvivas.ws
Publicação: 28/07/2010

“Em meio a dor é gerado temor e compaixão”

“Porque convinha que aquele por cuja causa são todas as coisas … que tendo que levar muitos filhos à glória, aperfeiçoasse pelas aflições o autor da salvação deles” (Heb. 2:10).
Segundo C. S. Lewis, a dor em si mesmo nem sempre tem valor espiritual, ou produz efeitos espirituais. Mas há algo colateral a dor que sempre se converte em uma verdadeira ajuda para o que sofre: trata-se do temor e da compaixão. Eles ampliam o espectro da mera dor.
Com efeito, o temor e a compaixão nos ajudam mais que a dor mesmo, em nosso retorno à obediência e ao amor. Todos experimentamos o efeito da compaixão, que nos torna mais fácil amar o não amável, quer dizer, amar aos seres humanos não porque nos sejam agradáveis, mas sim porque é nosso irmão ou nosso próximo. E não só isso, porque o sofrimento produz o mesmo bom efeito –a compaixão– também nos observadores.
Por outro lado, todos aprendemos os benefícios do temor durante os períodos de crise. A crise chega em um momento em que a nossa vida se desviava no meio da vaidade e da apatia. De repente, uma súbita dor no estômago ameaça com uma enfermidade grave, ou o anúncio do jornal ameaça a todos com a destruição. E então se desmorona todo esse castelo de cartas.
No começo nos sentimos afligidos, e todas as nossas pequenas alegrias parecem brinquedos quebrados. Em seguida, pouco a pouco, recordamos que o propósito nunca foi que todos esses brinquedos se apropriassem de nossa alma, que nosso verdadeiro bem está em outro mundo. E tiramos os nossos olhos desses brinquedos quebrados e olhamos para o nosso único tesouro verdadeiro: Cristo. E quem sabe, mediante a graça de Deus, convertemo-nos em criaturas dependentes de Deus. Mas logo que desaparece a ameaça, nossa natureza retorna rapidamente aos brinquedos. Inclusive nos atrevemos a expulsar de nossa mente a única coisa que nos sustentou diante da ameaça, porque a associamos com as penúrias desses poucos dias.

Assim, a terrível necessidade de tribulação se faz muito evidente. Deus me teve próximo por apenas quarenta e oito horas, e isso unicamente porque me tirou todo o resto. Mas, basta que cesse a dor, e me volto a comportar como um filhote quando terminou o seu odioso banho: sacudo-me até ficar o mais seco possível, e corro para recuperar minha cômoda sujeira no montão de lama mais próximo.
Tal é a razão porque as tribulações não podem acabar até que Deus nos veja refeitos, ou veja que não há nenhuma esperança de que nos recuperemos.

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