Breaking

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Haja o que houver, eu sempre estarei ao seu lado


Na Romênia, um homem dizia sempre a seu filho:
- Haja o que houver, eu  sempre estarei ao seu lado.

Houve, nesta época um terremoto de  intensidade muito grande, que quase alisou as
construções lá  existentes nesta época. Estava nesta hora este homem em uma estrada.

Ao ver o ocorrido, correu para casa e verificou que sua esposa estava bem, mas seu
  filho nesta hora estava na escola.
  Foi  imediatamente para lá.

  E a encontrou totalmente destruída. Não  restou, uma única parede de pé. Tomado de
  uma enorme tristeza. Ficou  ali ouvindo, a voz feliz de seu filho e sua promessa
  (não cumprida),  "Haja o que houver, eu estarei sempre a seu lado".

Seu coração  estava apertado e sua vista apenas enxergava a destruição. A voz de
  seu filho e sua promessa não cumprida, o  dilaceravam.

Mentalmente percorreu inúmeras vezes o trajeto que  fazia diariamente segurando sua
  mãozinha. O portão (que não mais  existia); corredor. Olhava as paredes, aquele rostinho
  confiante.  Passava pela sala do 3º ano, virava o corredor e o olhava ao entrar.  

Até que resolveu fazer em cima dos escombros, o mesmo  trajeto. Portão, corredor, virou
  à direita e parou em frente ao que  deveria ser a porta da sala. Nada! Apenas uma pilha
  de material  destruído. Nem ao menos um pedaço de alguma coisa que lembrasse a
  classe. Olhava tudo desolado.

  E continuava a ouvir sua  promessa:
  "Haja o que houver, eu sempre estarei com você".

  E ele não estava... Começou a cavar com as mãos. Nisto chegaram outros  pais, que
  embora bem intencionados, e também desolados, tentavam  afastá-lo de lá dizendo:
- Vá para casa. Não adianta, não sobrou  ninguém.
- Vá para casa.

  Ao que ele retrucava:
- Você vai me ajudar?

  Mas ninguém o ajudava, pouco a pouco,  todos se afastavam. Chegaram os policiais, que
  também tentaram  retirá-lo dali, pois viam que não havia chance de ter sobrado ninguém
  com vida.
  Existiam outros locais com mais esperança. Mas este  homem não esquecia sua promessa
  ao filho, a única coisa que dizia  para as pessoas que tentavam retirá-lo de lá era:
- Você vai me  ajudar?

  Mas eles também o abandonavam. Chegaram os bombeiros, e  foi a mesma coisa...
- Saia daí, não está vendo que não pode ter  sobrado ninguém vivo?

  Você ainda vai por em risco a vida de  pessoas que queiram te ajudar pois continuam
  havendo explosões e  incêndios.
  Ele retrucava :
- Você vai me ajudar?
- Você esta cego pela dor não enxerga mais nada.
- Você vai me  ajudar?

  Um a um todos se afastavam. Ele trabalhou quase sem  descanso, apenas com pequenos
  intervalos, mas não se afastava dali. 5h  / 10h / 12h / 22h / 24h / 30h.
  Já exausto, dizia a si mesmo que  precisava saber se seu filho estava vivo ou morto.
  Até que ao afastar  uma enorme pedra, sempre chamando pelo filho ouviu:
- Pai... Estou  aqui!

  Feliz fazia mais força para abrir um vão maior e  perguntou:
- Você esta bem?
- Estou. Mas com sede, fome e  muito medo.
- Tem mais alguém com você?
- Sim, da classe, 14  estão comigo estamos presos em um vão entre dois pilares.
- Estamos  todos bem.

  Apenas conseguia ouvir seus gritos de alegria.
- Pai, eu falei a eles: Vocês podem ficar sossegados, pois meu pai irá nos  achar.
- Eles não acreditavam, mas eu dizia a toda hora...
- Haja o que houver meu pai, estará sempre ao meu lado.
- Vamos,  abaixe-se e tente sair por este buraco.
- Não! Deixe-os saírem  primeiro...
- Eu sei; que haja o que houver...
- Você estará  me esperando!

                           (autor desconhecido)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário aqui!

Post Top Ad

Your Ad Spot