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sábado, 27 de outubro de 2012

E SE EU TIVESSE UMA SEGUNDA CHANCE?

Hoje pela manhã estava pensando: e se eu tivesse uma segunda chance? Faria tudo de novo? Do mesmo jeito? Ou mudaria algumas decisões que tomei e com essa atitude alteraria minha história atual? Qual é a minha história? Vai ser muito difícil colocar tudo em poucas linhas, mas se eu pudesse mudar e não passar por tudo que estou passando? Não ter tido outros relacionamentos apenas um. Não entregar minha vida a Cristo. Não ser um pastor missionário e desafiado, que sempre pensou em agradar a Deus acima de tudo e amar e cuidar de vidas. Bem, essa é uma longa história.
A família que eu nasci não pude como escolher, mas posso dizer, que apesar de ser filho de pais separados, ser criado pelos meus avós e distante do meu pai, ter a mãe que tenho uma pessoa de muito difícil relacionamento, sem muito amor para dar. Não ter uma infância normal, não ter muitos amigos na minha infância, que foi muito sofrida e solitária. Mesmo assim, se pudesse escolher, escolheria a mesma família. Caso contrário, perderia a oportunidade de amar pessoas tão importantes para mim como: meu avô Mário e minha avó Anete, meu pai José Américo e minha mãe Mariazinha. Sem falar de minha tia Gracinha, minha tia Céia, por quem tenho um amor especial, pois ela foi uma mãe para mim.
Em minha adolescência tive alguns relacionamentos que deram errado, e por consequência fez minha filha Débora sofrer sua vida inteira a minha ausência. Mas se não fosse assim eu não teria a Débora e como seria?
Na juventude entrei para o exército, fiz o concurso na ESSA e passei. Fiz o Curso de Formação de Sargentos em 1989. Sofri muito, muito mesmo. Mais do que todos os outros alunos. Fui muito humilhado e perseguido, mas se não fosse por esse curso não teria conhecido uma pessoa maravilhosa chamada Socorro, minha esposa, e não teria conhecido JESUS, pois foi lá no exército que conheci pessoas que me apresentaram o meu Salvador.
Mesmo convertido passei por muitas situações difíceis e humilhantes. O início do meu casamento não foi nada fácil, não tínhamos quase nada. Mas tínhamos uma rede e o que seria de minha vida hoje se não fossem àquelas horas na rede onde eu, Socorrinha e Joanna passávamos boa parte da noite louvando o Senhor. Não teria conhecido pessoas que foram e ainda são tão importantes para minha vida e família: Henrique e Neuza; Queiroz e Geane; Roosevelt e Taciana, Ozimar e Irailda, Jefferson e Ana, Gonzaga (como sinto sua falta amigo) e Gil e tantas outras pessoas maravilhosas as quais amo muito.
Quando fui transferido para Tefé eu não queria ir, como deixar essa família que agora eu tinha e ir para um estado distante e desconhecido para mim. Só que ao chegar lá o Senhor abriu portas para a pregação do evangelho. Programas em rádio AM e FM, programa na TV, evangelismo de casa em casa, evangelismo nos hospitais, evangelismo no presídio e uma igreja ao final de dois anos. Quantas pessoas foram abençoadas talvez eu nunca saiba. O que seria dessas vidas tão preciosas se eu tivesse desistido. Sem contar os amigos que fizemos em Tefé-AM: Machado e Fátima, Jadiel e Cibele e muitos outros.
Ao voltar para Recife-PE acabei indo pastorear a igreja de Itapissuma-PE, foi a minha maior honra. Amei e amo aqueles irmãos, daria e em parte dei minha vida por cada um deles. Como são amados por mim... Jamais me esquecerei de cada rostinho que toquei: Junior e Nadja, Marcelo e Graça, Albérgio e Ladjane, Jário e Ana, Jozélia Tânia, Sulimar, Tiago e Suzana, Victor e Vivi (amarelinha), Vivi (mãe), Neli, dona Nilza seu Ramos, dona Rosinha, Rosimere e Elinaldo (saudades), dona Severina, Nice e muitos outros muito amados por mim. Como seria se eu não tivesse ido para lá? Passamos por muitos problemas, financeiros, divisão, saúde pessoal, mas como seria se eu não tivesse aceitado o chamado?
Depois fui pastorear a igreja em Caruaru. Quando fui ministrar lá, por convite do meu pastor, e vi alguns irmãos meio que perdidos e seus rostos preocupados e tristes eu não aguentei e aceitei o convite para pastorear aquela igreja e ganhei um grande presente que foi cuidar (em parte) de uma congregação onde conheci pessoas maravilhosas: Cláudio e Rosicleide, irmão Carlos (um pai para mim, sinto muito a falta), Rosa e os irmãos ali tão preciosos. O preço que paguei ao me mudar para Caruaru e trabalhando em Recife foi muito alto. Alguns irmãos da liderança parecem que não confiavam em mim, me sentia sempre traído, rejeitado e muito mal com tudo aquilo. Apesar de saber que tinham muitos irmãos que me amavam de verdade. É importante deixar bem claro que mesmo esses líderes eu sempre amei e amo até hoje. Parece que alguns até desejam meu mal, mas continuo amando cada um deles. Perdi tudo que tinha. Perdi minha saúde, meu apartamento, meu carro e fiquei todo endividado. Por fim entreguei o ministério para outro melhor do que eu. Até hoje não faço parte de nenhum ministério. Perdi também uma fase muito importante no meu relacionamento conjugal e na vida dos meus filhos. Fato que dois deles se afastaram do Senhor e não queriam mais nem ir à igreja. Mas se eu não tivesse ido para Carauaru? Se eu não tivesse aceitado o convite (desafio)? Como seria? Quantas pessoas foram abençoadas e amadas. Quantos casais foram restaurados, muitos já estavam praticamente separados. Não teria conhecido pessoas tão queridas como: Kleyton e Graça, Josemar e Nice, Marcone e Gedi, Ana Lúcia, Jeremias e Edma, Paula Andréia, Roberta e Moisés, Liliane, Pauinho, Gilson, Geórgia e George, irmã Eunice,
Então decidi não ter uma segunda chance porque faria tudo de novo. Mesmo tendo que passar por tudo que passei, mesmo tendo que perder tudo que perdi, mesmo tendo que suportar tudo que suportei, mesmo estando como estou e passando o que estou passando, não poderia ser diferente, AFINAL VALEU A PENA... NÃO, NÃO PODERIA SER DIFERENTE! Como Todas essas pessoas e tantas outras que não citei estariam hoje?
SE ERREI, ERREI POR EXCESSO E NÃO POR OMISSÃO.
Cândido Mário de Queiroz, pr

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