Pessoas se ajoelham para orar em Kharkiv, na Ucrânia. (Foto:
CNN/Reprodução)
Um grupo de pessoas em Kharkiv, na
Ucrânia, se ajoelhou na praça principal da cidade e orou após o
anúncio do ataque da Rússia. O momento foi
registrado por uma equipe de reportagem da CNN na manhã desta quinta-feira
(24).
A cidade, também chamada de Carcóvia,
fica a apenas 40 quilômetros da fronteira com a Rússia e foi onde algumas
explosões ocorreram mais cedo. Os bombardeiros aconteceram depois que o
presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar na
Ucrânia.
No vídeo, registrado às 7h12 (horário
da Ucrânia), um grupo de seis pessoas se reúne em um pequeno círculo. Um deles
permanece de pé enquanto os outros se ajoelham perto um do outro. Trinta
segundos depois, uma sétima pessoa se junta ao grupo e se ajoelha.
A correspondente da CNN, Clarissa
Ward, que está em Kharkiv, disse que a cena “fala do desespero deste momento”.
“Um pequeno grupo de pessoas se
reuniu na praça principal e estão ajoelhados e orando”, disse ela no vídeo.
“Porque agora há realmente uma sensação de não ter ideia do que está por vir, o
que está reservado para o povo da Ucrânia nas próximas horas e nos próximos
dias. E está muito frio aqui.”
“E ver essas pessoas ajoelhadas numa
pedra fria em oração é, sinceramente, é muito comovente, Don”, disse Ward ao
âncora da CNN, Don Lemon. “E acho que isso mostra o estado dos ucranianos
comuns aqui, que não fizeram absolutamente nada para merecer isso, que não têm
problemas com a Rússia.”
Ataque da Rússia
As forças russas iniciaram um ataque
em larga escala à Ucrânia na madrugada desta quinta-feira (24), com explosões
na capital Kiev e outras cidades.
Líderes mundiais tentavam evitar a
catástrofe com uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, em meio a alertas
de que uma possível invasão poderia iniciar a maior guerra na Europa desde
a Segunda Guerra
Mundial em 1945.
Quando o ataque começou, em um
discurso televisionado, o presidente russo, Vladimir Putin, alertou o Ocidente
que qualquer tentativa de interferência “levaria a consequências que você nunca
viu na história”.
O presidente dos EUA, Joe Biden,
declarou que o mundo “responsabilizará a Rússia”. O secretário-geral da OTAN,
Jens Stoltenberg, condenou a ação da Rússia como uma violação do direito
internacional e uma ameaça à segurança europeia.
O presidente ucraniano, Volodymyr
Zelenskyy, decretou a lei marcial, que consiste na implantação de leis e
autoridades militares.
Moradores de Kiev foram ouvidos
gritando nas ruas quando as primeiras explosões aconteceram. Na manhã desta
quinta, um grande tráfego de carros passou a circular nas ruas, com cidadãos
saindo da capital.
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