Uma das primeiras menções que temos na
Bíblia de uma moeda está em 1 Crônicas 29:7 e em Esdras 2:69:
“Segundo
os seus recursos, deram para o tesouro da obra, em ouro, sessenta e
um mil daricos, e, em prata, cinco mil arráteis, e cem vestes
sacerdotais”.
O fato dessas serem as primeiras menções de uma moeda na
Bíblia não significa que as moedas já não eram usadas no mundo.
As primeiras moedas podem ter sido feitas por volta do
final do século 8 a.C. segundo historiadores. O darico era uma moeda de ouro
que pesava 8,4 gramas.
Já o arrátel era uma medida de peso (no caso do texto
acima a prata foi pesada usando o arrátel) usada para pesar os pagamentos e
ofertas e cada arrátel tinha por volta de 571,2 gramas.
Denário
O denário era uma das mais famosas moedas romanas de
prata. É citado pelo menos dezesseis vezes no novo testemanto.
Vejamos uma das citações: “Mas
Jesus, percebendo-lhes a hipocrisia, respondeu: Por que me experimentais?
Trazei-me um
denário para que eu o veja” (Marcos 12:15).
O valor
do denário correspondia a um dia de trabalho de um trabalhador. Com isso
compreendemos, por exemplo, o espanto dos discípulos quando Jesus mandou que
eles alimentassem uma multidão de mais de cinco mil pessoas:
“Porém
ele lhes respondeu: Dai-lhes vós mesmos de comer. Disseram-lhe: Iremos comprar duzentos
denários de pão para lhes dar de comer?” (Marcos 6:37).
Duzentos denários seria algo em torno de seis meses de
trabalho de um trabalhador comum.
Dracma
A menção mais famosa que conhecemos da dracma está na parábola
da dracma perdida: “Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas,
se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente
até encontrá-la?” (Lucas 15:8).
A dracma, diferente do denário, era uma moeda grega.
No entanto, em valor, ela valia a mesma coisa que um denário, ou seja, o
referente a um dia de trabalho.
É por isso que na parábola a mulher mencionada faria de
tudo para achar a dracma perdida, pois era de muito valor.
Estáter
Quando Jesus chega a Cafarnaum com Pedro, os cobradores
de impostos exigem que Jesus pague um imposto correspondente a duas dracmas
(Mateus 17:24).
Jesus, então, manda que Pedro faça uma pescaria: “Mas, para que não os escandalizemos,
vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e,
abrindo-lhe a boca, acharás um
estáter. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti” (Mateus 17:27).
O estáter era uma moeda de prata que valia quatro
denários, que era suficiente, naquele caso, para pagar o imposto de Jesus (2
dracmas) e o imposto de Pedro (2 dracmas).
Asse
Uma outra moeda mencionada na Bíblia (por Jesus) é o
asse: “Não se vendem dois pardais por um asse?
E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai” (Mateus 10:29).
O asse era uma moeda romana de cobre e de baixo valor,
que valia algo em torno de 1/16 do denário.
Em termos práticos, a título de comparação, se um denário
valesse 100,00 reais, um asse valeria 100 reais dividido por dezesseis, ou
seja, R$ 6,25.
Na palavra de Jesus acima, Ele usa o asse para demonstrar
que mesmo coisas pouco valiosas (dois pardais comprados por um asse) não
passavam despercebidas dos cuidados de Deus.
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