(1) A Bíblia
fala muito a respeito da inveja. Mas antes de meditarmos sobre o que a Bíblia
diz, vamos relembrar o significado de inveja: “Desgosto pelo bem
alheio. Desejo de possuir o que outro tem acompanhado de ódio pelo possuidor”
(Dicionário Priberam). O invejoso é alguém que busca para si as
realizações do outro, mas não como inspiração saudável, mas sim com desgosto e
tristeza pelo fato do outro ter algo bom que ele queria ter.
(2) É Interessante notar que geralmente
as pessoas falam da inveja que outras pessoas têm delas como um tipo de “poder”
que o invejoso teria de trazer algum mal, de fazer algo ruim acontecer. Por
exemplo, eu compro um carro novo. Pessoas invejosas poderiam me fazer até bater
esse carro se eu não tomar providências, fazer alguma “oração forte”, benzer o
carro ou coisa parecida. Existe uma fé em um poder subjetivo e sobrenatural
dessa inveja. Esse é o pensamento da sociedade em geral.
(3) No
entanto, quando pesquisamos a respeito da inveja na Bíblia não encontramos
sequer uma passagem que afirme que a inveja alheia possa nos trazer algum mal
subjetivo como, por exemplo, nos deixar doentes, atingir bichinhos de
estimação, fazer algo de ruim acontecer conosco como resultado do poder da
inveja de alguém. É claro que a inveja pode trazer males de forma objetiva. Por
exemplo, alguém sente tanta inveja que assassina outra pessoa, ou tenta puxar o
tapete dela no trabalho, ou fala mal dela para os outros, etc. Por exemplo,
Jesus foi perseguido pelos sacerdotes movidos por inveja objetiva, que os levou
a agir de má-fé contra Jesus: “Pois ele bem percebia que por inveja os
principais sacerdotes lho haviam entregado” (Marcos 15:10). Assim, pessoas
invejosas de má índole podem tramar ações que prejudiquem outras pessoas. Mas
não podem provocar algum mal a outros só pelo fato de sentir inveja.
(4) Quando a
Bíblia fala de inveja sempre a coloca como um pecado prejudicial na vida de
quem a possui e não como um poder sobrenatural que alguém pode lançar sobre
outros: “O ânimo sereno é a vida do corpo, mas a inveja é a podridão
dos ossos” (Provérbios 14:30). O portador da inveja é sempre o mais
prejudicado, pois é um sentimento comparado ao câncer.
(5) Dessa
forma, o cristão não precisa se preocupar com esse tipo de crendice que o mundo
ensina sobre a inveja (causar doenças nos outros, matar bichos de estimação,
causar acidentes, etc.). O cristão deve, antes, preocupar-se em não ser um
invejoso, em não cultivar em seu próprio coração esse sentimento prejudicial.
Mas, claro, é sempre bom ter atenção com pessoas invejosas que podem nos
prejudicar com ações contra a nossa vida (assim como os sacerdotes fizeram com
Jesus). Desses invejosos precisamos saber manter certa distância.
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