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sexta-feira, 29 de abril de 2022

Cristão pode ser policial ou militar?

 


(1) Em primeiro lugar é preciso compreender que a Bíblia ensina que Deus estabeleceu autoridades para que aqueles que andam contra a lei, prejudicando a sociedade de alguma forma, sejam punidos de forma exemplar:


“visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal” (Romanos 13:4).


Esse texto deixa bem claro que a ação punitiva da autoridade, de acordo com as leis e dentro de suas funções, é respaldada por Deus para que haja castigo para o que pratica maldades e para proteger as pessoas de bem.


(2) Sendo assim, uma primeira conclusão a que chegamos é que o cristão pode ser policial ou militar. Seguir essa carreira não é nenhum pecado, não vai contra os ensinos bíblicos.


Dentro dessas funções estabelecidas nessa carreira, o cristão será um braço da lei para ajudar na punição de quem comete crimes e proteger as pessoas de bem na sociedade.


Inclusive, muitos servos de Deus na Bíblia tiveram funções de autoridade: José do Egito, Moisés, Davi, Daniel, etc.


E se o policial cristão precisar matar algum bandido?


(3) Sabemos que Êxodo 20:13 nos ensina a não matar, pois a vida é preciosa para Deus. Mas em outros textos Deus estabelece que a legítima defesa é um direito.


 

“Se um ladrão for achado arrombando uma casa e, sendo ferido, morrer, quem o feriu não será culpado do sangue” (Êxodo 22:2).


Isso porque o “não matarás” do mandamento não tem aplicação em todas as situações. Por exemplo, na própria lei de Deus havia pena de morte para determinados pecados/crimes. E essa pena era executada por pessoas:


“Quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe será morto” (Êxodo 21:17). A pessoa que transgredisse essa lei iria sofrer as consequências dela, aplicada por autoridades da comunidade, levantadas para isso.


O policial, no exercício de sua função, além de em alguns momentos precisar defender a sua própria vida, poderá também ter de defender a vida de terceiros como a sua função preconiza.


Eventualmente, poderá ocorrer casos em que ele terá de usar a legítima defesa. Nesses casos o policial não peca no exercício de sua função.


Podemos citar, por exemplo, um caso em que um bandido pega uma pessoa como refém e ameaça seriamente a vida dessa pessoa.


A polícia, esgotadas as possibilidades de negociação, pode decidir que um atirador de elite abata o meliante. Nesse caso, na defesa de uma pessoa de bem, não peca em atirar contra o bandido.


E se um policial cristão ou militar receber uma ordem contrária à Bíblia?


(4) Como em qualquer profissão sempre existirá a possibilidade de um cristão receber ordens de seus superiores que sejam contrárias à sua fé.


Nesse caso, deve buscar a sabedoria de Deus e o diálogo e não executar ordens que sejam contrárias à palavra do Senhor, mesmo que isso lhe gere retaliações, conforme vemos claramente nos atos de servos de Deus na Bíblia:


“Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29).


(5) Vale lembrar que, apesar de a Bíblia apoiar as autoridades no uso de suas atribuições para o bem da sociedade, a Bíblia proíbe veementemente que as autoridades usem de sua posição de forma autoritária, injusta e corrupta:


“Maldito aquele que aceitar suborno para matar pessoa inocente. E todo o povo dirá: Amém!” (Deuteronômio 27:25).


(6) Assim, concluímos que o cristão pode ser policial ou militar, mas essa não é uma carreira fácil. Ele deverá cuidar para que seja correto, íntegro e justo na aplicação da lei aos maus indivíduos.


Poderá usar da força e da legítima defesa quando necessário, mas deve manter-se longe do abuso de autoridade, da corrupção e da injustiça.


Agindo dessa forma será um grande instrumento do Senhor na polícia ou no serviço militar.



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